Viagens a Machu Picchu

Este é um guia prático para viagens a Machu Picchu, Peru, com informações sobre a melhor época para visitar, como chegar, pontos turísticos, os melhores hotéis e sugestões de actividades na região.

Quando ir

O Peru tem vários climas diferentes, de acordo com a localização geográfica e a altitude. Na zona sul dos Andes, onde se encontra Machu Picchu, a melhor época começa em Abril e continua até Outubro. De Junho a Setembro é a melhor altura para fazer trekking nas montanhas, como percorrer o Caminho Inca, mas é também a época mais turística, com hotéis cheios e preços inflacionados.

Como chegar a Machu Picchu

Voar de Brasil para Lima, a capital do Peru – os preços variam consoante as épocas, rondando neste momento os 650 € – e daí dirigir-se a Cuzco, a “capital Inca”, de avião ou de autocarro.

De Cuzco a Aguas Calientes, a povoação no sopé da montanha que dá pelo nome de Machu Picchu, o melhor meio de transporte para quem não quer fazer paragens intermédias é o comboio, que oferece três opções: Backpacker, que custa cerca de 48 dólares norte-americanos por uma ida (os preços estão afixados em dólares na estação); Vistadome, que inclui refeições e fica por cerca de 71 dólares, ou o luxuoso Hiram Bingham, com refeições gourmet e carruagens panorâmicas, por 294 dólares.

De Aguas Calientes, os autocarros que sobem até às ruínas saem todas as meias horas, das 6:30 às 13:00 horas; o último regressa às 17:30. O bilhete compra-se num guichet ao pé da paragem e custa 5 €. O bilhete de entrada em Machu Picchu tem de ser comprado com antecedência em Cuzco ou em Aguas Calientes, no Instituto Nacional de Cultura, e custa 34 €.

Entre as 10h e as 15h o local está demasiado cheio de turistas apressados – é a melhor hora para subir o Huayna Picchu, que tem o trilho aberto das 7:00 às 13:00, com registo obrigatório à entrada e o máximo de 400 pessoas admitidas por dia. Atenção: o caminho é extremamente íngreme, com “degraus” escorregadios escavados na rocha escorregadia, cordas e barras de metal cravadas nas paredes para melhor apoio.

Onde ficar e onde comer

Existe um bom hotel na entrada das ruínas, o Machu Picchu Santuary Lodge, mas não é barato, exige reserva prévia e costuma estar sempre cheio. Em Aguas Calientes não faltam ofertas mais interessantes e com os preços mais variados, do Pueblo Hotel, que cobra o mesmo que o anterior, a pequenas residenciais familiares como o Hostal Wiracocha Inn, que cobra o equivalente a cerca de 15 €, pequeno-almoço incluído. Se preferir um ambiente urbano, os hotéis de Cuzco são de grande qualidade.

Restaurantes são às dezenas, e o melhor é rondar as portas e consultar os menus antes de se decidir. Há mesmo um vegetariano, o Govinda, numa das ruas principais junto ao rio.

Informações úteis

O Peru faz fronteira com o Equador, a Colômbia, o Brasil, a Bolívia e o Chile. A população, estimada em quase 29 milhões, tem origem multiétnica, com grupos ameríndios (sobretudo quíchua e aimará), mas também europeus, africanos e asiáticos. A língua oficial é o castelhano e a unidade monetária é o sole, que vale 0,27 cêntimos por unidade. Existem Multibancos nas grandes cidades e os cartões de crédito podem ser usados apenas em hotéis ou lojas mais luxuosas. Os preços mais altos são por vezes cotados em dólares, dada a grande afluência de turismo norte-americano.

Dados sobre Machu Picchu

Machu Picchu fica no sul do país, em plenos Andes, e é servido pela povoação de Aguas Calientes, que vive da proximidade deste extraordinário lugar histórico, crescendo sem ordem aparente junto ao Rio Urubamba. Percorrê-la a pé não deve levar mais de uma hora. Já o sítio histórico de Machu Picchu merece muito mais do que isso: um dia com muita água e um farnel distribuído pelos bolsos, uma vez que as mochilas têm de ficar no vestiário da entrada.

A cidade pré-colombiana foi construída no século XV, no cimo do monte Machu Picchu, a 2.400 metros de altitude, por ordem do imperador inca Pachacuti. Consta de duas áreas: a agrícola, com terraços e armazéns para os alimentos, e a urbana, com ruas, praças, templos e mausoléus reais. Apenas cerca de 30% da cidade é original – o resto foi reconstruído – mas a sua localização absolutamente extraordinária, e o facto de ter sido tão tardiamente descoberta, deram-lhe a aura de “cidade perdida dos Incas” que ainda hoje mantém.

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